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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Fazer sestas no trabalho? A NASA diz que sim


Vários estudos mostram que as sestas aumentam a memória, melhoram o desempenho, fazem o cérebro funcionar melhor e reduzem o stress. Mas como definir o tempo ideal de uma sesta? A NASA dá a resposta.

O site Inc. revela que, de acordo com os especialistas da NASA que estudaram este tema, os pilotos que dormiram no cockpit durante 26 minutos melhoraram a sua atenção (54%) e apresentaram melhorias no desempenho no trabalho (34%), em comparação com os pilotos que não fizeram sestas.

E refere que, a menos que se tenha 90 minutos ou mais disponíveis, se deve evitar passar mais de meia hora a dormir ou o corpo entrará nas fases mais profundas do sono, dificultando o despertar e deixando-nos sonolentos por mais tempo.

De facto, até 26 minutos podem ser muito longos se precisar de entrar em acção com a mente clara ao acordar. A recomendação final da NASA são sestas entre 10 e 20 minutos.

E, se tem dificuldades em adormecer, descansar em silêncio com os olhos fechados por um período semelhante de tempo também ajuda a recarregar baterias.

Por isso, da próxima vez que estiver cansado no trabalho, durma (ou pelo menos tente). Em apenas 10 a 20 minutos, pode melhorar significativamente seu desempenho.

(Créditos: Margarida Lopes, em "Human Resources", 27Fev2020)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Acabar com o almoço antes que o almoço acabe connosco

Com a devida vénia, a opinião, muito pertinente, de Henrique Raposo, publicada ontem, com o mesmo título, no "Expresso" online,

«As pessoas começam a rir quando insisto no problema que é o nosso hábito do almoço aos dias da semana, mas este riso, lamento, revela o provincianismo português que recusa comparações, que recusa mudar e melhorar. Sim, o hábito ainda marialva do almoço de uma hora (ainda por cima a começar às 13h) nos dias de trabalho é um dos nossos maiores problemas económicos. E, acima de tudo, estes obstáculos culturais e até legais (na lei do trabalho) à jornada contínua são porventura o nosso maior problema familiar. Querem os portugueses almoçar com os colegas ou querem jantar com os filhos?

Se telefonarmos para uma empresa portuguesa às sete da noite, alguém atende. Na Alemanha, ninguém atende. Enquanto não resolvermos isto, continuaremos a ter – ao mesmo tempo – uma fraca produtividade e, acima de tudo, um colapso da família. Porque é que aquela pessoa está lá às sete horas? Porque esteve a almoçar entre as 13 e as 14, ou mais. Além da pausa em si, há o problema óbvio de recomeçar a trabalhar depois de uma pausa recreativa e de barriga cheia. A tarde não pode render, o ritmo não será o mesmo.

Claro que depois isto cansa sobretudo as mulheres. Quando chegam a casa às sete ou oito, são elas que tratam da lida da casa e dos filhos, ou melhor, do único filho, pois este dia a dia torna impossível a maternidade ou paternidade. A nossa morte lenta na demografia tem a sua primeira raiz nesta absurda conceção do dia de trabalho, que não existe em mais nenhum país civilizado. Irei continuar a repetir isto até que alguma coisa mude: a nossa fraca produtividade e a nossa baixa natalidade, talvez os nossos maiores problemas de fundo, têm a sua primeira raiz no absurdo hábito do almoço gigantesco durante a semana de trabalho. Isto é claríssimo para quem vê Portugal a partir de Berlim, Amesterdão ou Barcelona.»

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Os grevistas deviam de ser obrigados a estar no local de trabalho

O artigo de opinião de Vítor Rainho com o mesmo título, publicado hoje no "Jornali". Com a devida vénia,

«É do senso comum que as pessoas têm direito a lutar por melhores condições de vida e de trabalho, recorrendo por isso, em última instância, à greve. Quando alguém deixa de trabalhar já sabe que outros serão prejudicados, seja na justiça, na saúde, no ensino, nos transportes ou nos guardas prisionais, só para dar alguns exemplos mais recentes. Não é preciso ser um génio para perceber que a distribuição da riqueza não é a mais justa em Portugal – ainda estamos muito longe dos países nórdicos, embora no que diz respeito às proibições gostemos de os ultrapassar. O Estado adora fazer leis para beneficiar uns e prejudicar outros – há dias aqui no i Luís Menezes Leitão recordava a obrigatoriedade obtusa de os condutores andarem com palas nas rodas traseiras, que muito contribuiu para encher os cofres a uns tantos e prejudicar milhões, já que essa lei desapareceu passado uns tempos.

Mas voltemos às greves: por que razão muitos sindicatos optam por fazer os seus protestos à sexta-feira ou em datas festivas? Faz algum sentido no Natal haver greve dos transportes públicos, prejudicando aqueles que não têm viatura própria de se deslocarem às suas terras? Por que razão os grevistas não são obrigados a permanecer nos locais de trabalho, apesar de fazerem greve? Se assim fosse ninguém diria que tentam prolongar os fins de semana ou “folgar” nas datas festivas. No fundo, fazem o que muitos sindicatos da polícia usam como expediente: as associações sindicais que têm mais dirigentes do que associados aproveitam-se da lacuna da lei para poderem “inventar” trabalho sindical às segundas ou sextas-feiras e prolongarem o seu fim de semana ou, lá está, para não trabalharem nas datas festivas.

Também não é preciso de ser um génio para saber que as greves prejudicam os mais pobres, como também relembrava há dias aqui no i Bagão Félix. Haverá caso mais gritante do que o da saúde? A maternidade pode estar a meio gás para os pobres, mas as clínicas privadas estão a todo o gás para os mais endinheirados. Alguma coisa terá de ser feita para alterar este estado de chico-espertices.»