Em Turim, Itália, para uma visita de dois dias, iniciada hoje, o Papa Francisco voltou a falar sobre a pobreza e disse "não" a uma economia de corrupção e à idolatria do dinheiro.
O primeiro encontro do Papa Francisco na cidade de Turim foi com o mundo do trabalho na Praça junto ao Palácio Real. O Santo Padre exprimiu a sua proximidade principalmente aos desempregados e recordou que historicamente Turim é um pólo de atracção laboral mas que se está a ressentir devido à crise.
O Papa disse não à economia do descartável que usa e deita fora colocando nesta região mais do 40% dos jovens no desemprego e a natalidade a nível zero. O Papa disse não à idolatria do dinheiro, disse não à corrupção e ao conluio com máfias e disse ainda não à iniquidade que gera violência.
O Papa recordou D. Bosco dizendo que a prevenção do conflito social faz-se com a justiça. A situação é complexa mas deve ser enfrentada com a iniciativa da sociedade – afirmou o Papa Francisco. «Somos chamados a reafirmar o "não" a uma economia do desperdício, que pede para se resignar à exclusão daqueles que vivem em pobreza absoluta», afirmou o Papa, onde relembrou que a pobreza absoluta afecta «cerca de um décimo da população».
Mais tarde, na homilia da missa deste domingo, a que presidiu na Praça Vittorio, o Papa pediu aos cristãos, sobretudo aos mais frágeis e marcados pela crise económica, que não paralisassem perante os medos.
«Nós, cristãos, corremos o risco de nos deixarmos paralisar pelos medos do futuro e procurar segurança em coisas que passam ou num modelo de sociedade fechada que tende mais a excluir do que a incluir», começou por dizer.
«Nós podemos partilhar as dificuldades de tanta gente, das famílias, especialmente as mais frágeis e marcadas pela crise económica. As famílias precisam de sentir a carícia materna da Igreja para seguir em frente na vida conjugal, na educação dos filhos, no cuidado com os idosos e também na transmissão da fé às jovens gerações», continuou.
(Fontes da notícia: "Rádio Vaticano" e "Rádio Renascença")
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