quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

"Pseudociência", livro de David Marçal

Na súmula de apresentação deste livro, publicado em Setembro do ano passado, pode ler-se: «Enquanto a ciência tiver credibilidade, haverá sempre quem queira vender as suas ideias, produtos e serviços, alegando que estes têm validade científica, sem que isso seja verdade. A pseudociência está por todo o lado e recorre a um conjunto de estratégias reconhecíveis, na tentativa de se validar. Neste ensaio são apresentadas algumas dessas estratégias, como o uso abusivo de linguagem aparentemente científica e a evocação de figuras de autoridade (tais como especialistas e médicos). A ciência não se baseia em nada disso, mas sim em provas, passíveis de confirmação. São propostas algumas ferramentas para ajudar a distinguir ciência de pseudociência, mas o único antídoto para a pseudociência é a cultura científica.»

José Carlos Fernandes, no blogue "De Rerum Natura", escreve hoje  o seguinte: «A publicação deste livrito é um verdadeiro serviço público que a Fundação Francisco Manuel dos Santos presta ao país e seria ainda mais louvável se tivesse feito imprimir dez milhões de exemplares e oferecesse um a cada português. Claro que o livro, por si só, será incapaz de operar uma mudança de mentalidades - se a mastodôntica máquina educativa, com os seus 12 anos de escolaridade obrigatória e a produção de quantidades crescentes de licenciados, mestres, doutores e pós-doutores, se revela impotente para inculcar capacidade analítica e sentido crítico nas massas e nas elites e vaciná-las contra crendices, hoaxes, manipulação estatística e publicidade enganosa, não seriam estas modestas 98 páginas a consegui-lo.» 

Editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, este pequeno livro, "Pseudociência", da autoria de David Marçal, é assim tão importante para o cidadão comum, como "Farmacêuticas da Treta", o livro de Ben Goldacre, também o é para médicos e estudantes de medicina. Em ambos os casos, deveriam ser de leitura obrigatória.

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