Na súmula de apresentação deste livro, publicado em Setembro do ano passado, pode ler-se: «Enquanto a ciência tiver credibilidade, haverá sempre quem queira vender
as suas ideias, produtos e serviços, alegando que estes têm validade
científica, sem que isso seja verdade. A pseudociência está por todo o
lado e recorre a um conjunto de estratégias reconhecíveis, na tentativa
de se validar. Neste ensaio são apresentadas algumas dessas estratégias,
como o uso abusivo de linguagem aparentemente científica e a evocação
de figuras de autoridade (tais como especialistas e médicos). A ciência
não se baseia em nada disso, mas sim em provas, passíveis de
confirmação. São propostas algumas ferramentas para ajudar a distinguir
ciência de pseudociência, mas o único antídoto para a pseudociência é a
cultura científica.»
José Carlos Fernandes, no blogue "De Rerum Natura", escreve hoje o seguinte: «A publicação deste livrito é um verdadeiro serviço público que a
Fundação Francisco Manuel dos Santos presta ao país e seria ainda mais
louvável se tivesse feito imprimir dez milhões de exemplares e
oferecesse um a cada português. Claro que o livro, por si só, será
incapaz de operar uma mudança de mentalidades - se a mastodôntica
máquina educativa, com os seus 12 anos de escolaridade obrigatória e a
produção de quantidades crescentes de licenciados, mestres, doutores e
pós-doutores, se revela impotente para inculcar capacidade analítica e
sentido crítico nas massas e nas elites e vaciná-las contra crendices, hoaxes, manipulação estatística e publicidade enganosa, não seriam
estas modestas 98 páginas a consegui-lo.»
Editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, este pequeno livro, "Pseudociência", da autoria de David Marçal, é assim tão importante para o cidadão comum, como "Farmacêuticas da Treta",
o livro de Ben Goldacre, também o é para médicos e estudantes de medicina.
Em ambos os casos, deveriam ser de leitura obrigatória.
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