
Desta forma, os países europeus, mesmo os periféricos, passaram a ser
alvos preferenciais dos investidores. Ainda assim, tudo é ainda muito
frágil. O crescimento económico é anémico, a taxa de desemprego
continua nos dois dígitos e muitos Estados europeus estão afogados em
dívida. Por isso, a moda pode ser passageira. Os ventos favoráveis dos
investidores podem mudar-se para outras paragens com a mesma velocidade
com que chegaram. Basta um acontecimento inesperado que assuste os
investidores. Para se proteger desta eventual contingência, Portugal
tem que continuar o processo de mudança no seu modelo económico.
Aumentar a competitividade para produzir para o estrangeiro para ter um
saldo positivo na balança externa e continuar a diminuição do
endividamento das famílias, mas sobretudo do Estado e das empresas. A
austeridade não acabou. O défice tem que descer.».../...
(Excerto do artigo de opinião de Bruno Proença, publicado online hoje no jornal "Diário Económico")
.../...«do ponto de vista substancial,nada de relevante mudou na zona euro.

sustentável, o desemprego na zona euro não diminui e continua superior a 12% da população activa, as dívidas públicas continuam excessivas.
Ou seja, todo este optimismo repentino e geral não tem base nos fundamentos das economias. É artificial. Como artificial que é, não vai durar. É de temer que, como sempre sucede quando uma situação falsa é corrigida, os custos a suportar pelos mais débeis (estamos incluídos no grupo) venham a ser de novo muito pesados.»
(Excerto do artigo de opinião do economista João Ferreira do Amaral, publicado hoje no jornal online "página1")
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