Entretanto e em plena greve de estivadores, os cinco maiores portos do país estão em gestão corrente, à espera de novas administrações. As comissões de serviço dos membros dos Conselhos de Administração terminaram há dois anos e o Governo ainda não nomeou os sucessores.
É de admitir que, nesta situação, as administrações dos portos não estejam suficientemente empenhadas e motivadas para resolver o conflito com os estivadores.
Também as infra-estruturas de pesca da costa portuguesa estão numa situação complicada. O Instituto Portuário dos Transportes Marítimos, que tutela os portos de pesca, foi extinto e cessa funções no último dia do ano. A gestão desses portos deverá passar para a "Docapesca - Portos e Lotas", mas os termos da transferência não foram ainda regulamentados.
E assim, neste clima de laxismo e de falta de autoridade, a greve dos estivadores vai-se eternizar, contribuindo para a galopante miséria dos portugueses e para a inevitável ruína do país.
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