O Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) acusou o Ministro da Saúde, Paulo
Macedo, de cometer «tráfico de influências» e enviou no passado dia 22
de Agosto um requerimento à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte exigindo que lhe seja dado conhecimento dos
factores que determinaram a nomeação dos novos directores executivos de 12
Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Administração Regional de Saúde do Norte, publicadas em Diário da República.
Em comunicado, o SMN diz que «nunca» a
«promiscuidade» e a «apropriação dum serviço público pelo clientelismo
partidário» foi tão longe. «O
despudor, a irresponsabilidade e os inequívocos sinais de tráfico de
influências que agridem e minam o Estado de Direito bateram no fundo»,
acrescenta o sindicato, acusando os dirigentes de estarem a transformar
«os serviços públicos pelos quais são transitoriamente responsáveis em
agências dos seus próprios interesses e do seu grupo de influência».
«São
indignos dos cargos que ocupam e da confiança que neles foi depositada
para gerirem um património precioso que é de todos os cidadãos», considera
o SMN, classificando de «escandalosas» e «levianas» as propostas do presidente da ARS do Norte, que dizem vir «quase exclusivamente de
estruturas partidárias, de gente estranha ao sector, sem experiência,
currículo e perfil para o cargo».
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