As greves de hoje estão a decorrer no sector dos transportes, em empresas públicas com défices gigantescos, bem como nos CTT.
O "Jornal de Negócios" (link) analisou os aumentos salariais de 2005 a 2009 em cada uma das empresas dos grevistas de hoje. Em todas houve ganho de poder de compra em 2009; em quase todas houve ganho acumulado de 2005 a 2009; em todas os grandes aumentos aconteceram em 2005 e em 2009, anos em que houve eleições, tendo sido negativos nos três anos intermédios.
Ainda segundo o "Jornal de Negócios" (link), os respectivos trabalhadores tiveram, em 2009, aumento do poder de compra da ordem de 3,7% na CP, Carris e Refer, 5,36% na Soflusa e 3,89% na Transtejo (além de 2,6% nos CTT, também em greve, e de 3,2% na Função Pública).
As notícias do final do dia provavelmente não estão directamente relacionadas com as consequências, ainda imprevisíveis, destas greves. Mas a bolsa de Lisboa encerrou hoje a perder mais de 5% e a agência de notação "Standard & Poor's" cortou o "rating" de Portugal em dois níveis. Esta agência, tinha afirmado, a 18 de Janeiro, que só iria tomar uma decisão sobre um eventual corte do "rating" depois de conhecer a estratégia de longo prazo para a consolidação das contas públicas. Fê-lo precisamente hoje. Simples coincidência?
E agora?
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