quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Vergonhosa leviandade que o ministério da Educação acaba de exibir

«Só mesmo quem acredita que o Estado é o alfa e o ómega da existência humana pode dispor da vida dos cidadãos com a vergonhosa leviandade que o ministério da Educação acaba de exibir.

Eu tenho quatro filhos, três deles em idade escolar. A Carolina tem 11 anos e está no 6.º ano. O Tomás tem nove e está no 4.º ano. O Gui tem sete e está no 2.º ano. Na passada sexta-feira, fiquei a saber que os meus dois filhos que iam ter exames daqui a cinco meses afinal não vão ter, e que o meu filho que não ia ter exames daqui a cinco meses afinal vai ter uma prova de aferição. A isto se chama uma colossal palhaçada.
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Invocar razões ideológicas para a direita preferir avaliar crianças no 4.º, 6.º e 9.º anos e a esquerda no 2.º, 5.º e 8.º é absolutamente patético. A única ideologia está no método: só mesmo quem acredita que o Estado é o alfa e o ómega da existência humana pode dispor da vida dos cidadãos com a vergonhosa leviandade que o ministério da Educação acaba de exibir.»

(Excertos do artigo de opinião, da autoria de João Miguel Tavares, intitulado "A palhaçada", publicado ontem no jornal "Público")

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