É o título do interessante artigo de opinião da autoria de João Miguel Tavares, publicado no jornal "Público" no passado dia 1 de Julho. Pergunta o autor: 
«como é possível que um caso com a dimensão do BES só se conheça agora? 
Como é possível que nós, gente dos jornais e da comunicação social, 
tenhamos tido ao longo dos anos notícia de tantas pontas soltas – basta 
ver o número de casos em que o banco esteve envolvido –, mas ninguém 
tenha sido capaz de unir as várias pontas e perceber aquilo que 
realmente se estava a passar?».
E responde de imediato à sua própria interrogação:
«porque a família Espírito Santo é demasiado grande e o país demasiado 
pequeno. Enquanto a família esteve unida, formou um bloco inexpugnável, 
pela simples razão de que o seu longo braço chegava a todo o lado, 
incluindo partidos (alguém já ouviu António José Seguro, sempre tão 
lesto a dar palpites sobre tudo, comentar o caso BES?), comunicação 
social (quem não se recorda do corte de relações com o grupo Impresa em 
2005, na sequência de notícias sobre o envolvimento do BES no caso 
Mensalão?) e até aos próprios comentadores, por via das relações 
pessoais que Ricardo Salgado mantém com gente tão influente quanto 
Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares.»
Vale mesmo a pena continuar a ler aqui o artigo até ao fim.
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