"Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça - quando, de
facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com um
trabalhador alemão ou inglês, seja o que for", afirmou Belmiro de Azevedo, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do
MBA Executivo da Porto Business School.
Contudo, como muito judiciosamente escreve o jornalista Nicolau Santos num seu artigo publicado no jornal "Expresso" «Belmiro sabe, melhor que ninguém, que a produtividade
depende de muitos factores: da organização das empresas, da liderança,
da aposta na formação, das condições de trabalho e, já agora, do tipo de
bens que produzem.
O preço por hora de quem trabalha numa fábrica de
conservas ou de quem trabalha na BMW é seguramente muito desfavorável
para o primeiro trabalhador - embora ele possa trabalhar mais tempo e
melhor que o segundo. E porquê? Porque, como é óbvio, o bem final
produzido é muito mais valorizado no caso do segundo trabalhador que no
primeiro.
Só que não são os trabalhadores que decidem que bens
devem produzir. São os empresários, são os investidores. E se
constatarmos que na última década em Portugal, o investimento caiu (.../...), percebemos que quem mais tem contribuído para a baixa
produtividade da economia portuguesa são... os empresários.»
Entretanto, segundo a revista Forbes, o que em Portugal subiu em 2013 foi a fortuna de Belmiro de
Azevedo, nada menos que 138%. Aliás, a sua fortuna foi mesmo a que teve
a maior subida entre os mais ricos do mundo, tendo subido no ranking
da revista de 1024.º para 687.º lugar.
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