O "Observatório sobre Crises e Alternativas", que faz parte do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, fez uma análise quantitativa que conclui que os trabalhadores passaram a transferir
todo os anos para as empresas 2,1 a 2,5 mil milhões de euros do
rendimento que tinham.
O estudo do Observatório calculou a perda de rendimentos dos trabalhadores e a
poupança conseguida pelas empresas com as alterações introduzidas em
2012, com o novo Código do Trabalho.
O conjunto das alterações resultantes dessas alterações e cujo impacto foi estimado pelo Observatório,
parece ter uma dimensão inesperadamente semelhante ou superior ao efeito que se pretendeu atingir com a alteração da TSU (Taxa Social Única), que visava
reduzir os custos salariais das empresas.
"Na altura, a redução de 23,75 para 18% dos encargos
patronais, por contrapartida da subida dos encargos dos trabalhadores de
11 para 18%, pretendia obter um acréscimo de rendimentos das empresas
de 2300 milhões de euros. Ou seja, um valor da mesma ordem de grandeza
do impacto das alterações introduzidas com as alterações ao Código do
Trabalho em 2012", lê-se no relatório.
Pois é sr. Alexandre Soares dos Santos. Os "tesos" somos nós. Cada vez mais.
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