segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Não meçam o colesterol, sejam felizes!

Em entrevista recente ao periódico online "elcorreo.com", Juan Gervas, ex-médico generalista rural em Canencia de la Sierra, Garganta de los Montes e El Cuadrón (Madrid, Espanha), licenciado e doutor em Medicina pela Universidade de Valladolid, professor de Cuidados de Saúde Internacional (Escuela Nacional de Sanidad, Madrid) e professor de Saúde Pública (Faculdade de Medicina, Universidade Autónoma, Madrid), chama a atenção para os "riscos" de recorrer a fármacos "face aos problemas normais do viver" e adverte para o facto de "a medicalização da vida diminuir também acentuadamente a área da saúde e do prazer".

Gervas, coordenador do grupo Cesca de investigação sanitária, co-fundador da sociedade científica Red Española de Atención Primaria e membro do comité internacional de classificações da WONCA (Organização Mundial de Médicos de Família), acredita que «extremistas são os que propõem soluções farmacológicas para os problemas normais do viver». E com consequências «graves», adverte este investigador, que proferiu no centro cultural AlhóndigaBilbao una conferência sobre a «cada vez maior» medicalização da vida.

Ainda que polémicas e apesar da sua crueza e acutilância, vale a pena meditar nas afirmações deste distinto médico, porque são sustentadas por um saber acumulado ao longo de muitos anos de prática clínica e por um profundo e seguro conhecimento científico.

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