Na CP, os comboios circularam normalmente, tendo sido registada apenas uma supressão, durante a madrugada, na Linha do Sado.
Segundo uma fonte da empresa, a Carris garantiu, até às 12h00, 71 por cento da oferta de serviços, especificando que, dos 490 veículos programados, circularam 349.
A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto assegurou, até as 15h00, cerca de 40 por cento da oferta habitual, disse à Lusa fonte da empresa. Segundo a mesma fonte, a adesão à paralisação situou-se nos 43 por cento.
O Metro do Porto funcionou normalmente.
Parece, assim, que um número significativo de trabalhadores das empresas envolvidas na greve dos transportes não aceitou, desta vez, as recomendações dos sindicatos. Talvez apenas porque sentem já nos bolsos os cortes nos salários e nos subsídios e o impacto resultante da subida dos preços e dos impostos. Quiçá, também, por estarem a tomar consciência de que uma greve dos transportes prejudica sobretudo os trabalhadores mais humildes, aqueles que não dispõem de outros meios de transportes que não os públicos para se deslocarem para os seus empregos. Oxalá, também, porque terão começado a perceber que os prejuízos causados à nossa tão depauperada economia por uma greve de transportes em nada ajuda o país a sair da crise, para além de contribuir para o afundamento financeiro das empresas em que trabalham, a maioria delas em pré-falência ou até já em falência técnica.
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