O Presidente da República disse, hoje, ainda não saber com que valor de reforma ficará, aproveitando para analisar os descontos que realizou (para a Caixa Geral de Aposentações, durante quase 40 anos, como professor universitário; como investigador da fundação Calouste Gulbenkian; para o fundo de pensões do Banco de Portugal, durante quase 30 anos).
Está-se mesmo a ver que, no total, vai receber uma miséria de pensão e como não aufere, por opção própria, o vencimento inerente ao alto cargo de Presidente da República, coitado, vai ter que se socorrer do pé de meia que amealhou ao longo da vida e, quiçá, da ajuda da Sra. D. Maria, sua esposa, talvez para pagar a energia eléctrica, o gás, ou a conta do alfaiate, que a despesa não deve ser pouca.
Opções? Emigrar, não vale. Portanto, começar por seguir aquelas medidas que tantas vezes têm sido sugeridas aos vulgares "zés pagantes": poupar no aquecimento, tomar banhos rápidos (só de duche), não deixar luzes acesas, poupar no telefone e nos telemóveis, utilizar os transportes públicos, ir comer fora menos vezes, comprar marcas brancas, etc.
E se mesmo assim não conseguir equilibrar o orçamento doméstico, talvez possa pedir algum empréstimo (atenção: procurar primeiro a instituição com juros mais baixos) dando como garantia, por exemplo, a casita junto à praia da Coelha, em Albufeira.
Entretanto, como na segunda-feira o Professor Cavaco Silva tem agendada uma audiência com o Governador do Banco de Portugal, poderá aproveitar a oportunidade para (no fim da audiência, claro, pois não convém abusar) pedir algum conselho sobre esta grave questão pessoal que, pelos vistos, tanto está a preocupar o senhor Presidente da República Portuguesa.
Aqui ficam as modestas sugestões, mas por isso mesmo totalmente gratuitas, deste, muito reconhecido, cidadão anónimo.
Sem comentários:
Enviar um comentário