sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A banca portuguesa

.../... «A banca não quer o Estado como accionista. Óptimo. Tem dinheiro? Pois que os seus accionistas capitalizem os bancos de acordo com as regras que os próprios mercados estão a exigir. Não tem dinheiro? Pois tem de se sujeitar às regras de quem o tem e que, em nome dos contribuintes, o vai emprestar. Nenhum sector, sem ser a banca, tem em Portugal o privilégio de dispor de 12 mil milhões de euros para garantir a sua solidez e liquidez.».../...
 .../... «A resolução efectiva da crise financeira em que mergulhou o mundo ocidental depende, de forma determinante, da capacidade que os Estados tiverem de recuperar o poder sobre o sistema financeiro. Se não o fizerem, outra crise chegará.».../...
.../... «Acusar o Governo de intenções que são absurdas apenas nos faz suspeitar de que a banca portuguesa estava muito mal-habituada, que viveu num regime de "quero, posso e mando". Hoje é diferente. Não há dinheiro. E quem é pobre não pode ser mal-agradecido.»
Tem razão Helena Garrido no que escreve neste oportuníssimo e acutilante editorial do "Jornal de Negócios". É inadmissível que os banqueiros portugueses pretendam impor as regras num eventual empréstimo por parte do governo, que apenas representa o povo português, afinal quem, em última análise, terá que vir a pagar por algum eventual incumprimento por parte da banca.

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