Foram mais duas greves, de sectores diferentes de funcionários da CP, que quase paralisaram os comboios e que prejudicaram durante dois dias muitos milhares de trabalhadores que habitualmente usam este meio de transporte para se deslocarem para os seus postos de trabalho. Ou seja, duas greves com pesadas repercussões económicas num país em vias de recessão. Motivada por questões salariais de funcionários de uma empresa pública do Estado que tem um prejuízo anual de 231 milhões de euros e que já deve aos bancos cerca de 3,3 mil milhões (quatro vezes mais do que a empresa devia há 14 anos). Uma empresa em que há cinco lugares no conselho de administração com ordenados que podem ultrapassar os 101 mil euros anuais; em que existem 196 lugares de chefia com salários médios de 3600 euros por mês; em que há um chefe por cada 16,4 trabalhadores, a taxa mais alta do País.
Pois, a greve é um direito de todos os trabalhadores.
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