Com a devida vénia, eis um excerto do artigo de opinião de Alexandre Homem Cristo publicado hoje no jornal online "Observador", intitulado "O marcelfie-tómetro",
«Para Marcelo, a popularidade comanda a acção política. Ora, Portugal merecia que o seu Presidente da República tivesse um padrão de sucesso mais exigente do que o número de selfies que tira nas ruas»..../...
.../...«Estas tomadas de posição têm obviamente duas leituras inquietantes sobre a actuação do Presidente da República. A primeira é que, em vez de adoptar uma postura institucional e sóbria, tudo o que Marcelo fez estes dias no Brasil legitimam interpretações políticas de preferência por Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras de Outubro de 2022. A segunda é que Marcelo Rebelo de Sousa é viciado em índices de aceitação popular, avaliando as suas decisões políticas através de um marcelfie-tómetro — quantos mais cumprimentos e pedidos de selfies receber dos transeuntes, mais Marcelo se convence que decidiu bem. Ou seja, para Marcelo, a popularidade comanda a acção política (e basta lembrar como justificou ao Expresso recentemente o seu apoio ao governo de António Costa). Se quiséssemos ser severos, diríamos que Marcelo é o maior populista da política portuguesa. Se optarmos pela benevolência, temos no mínimo de reconhecer isto: Portugal merecia que o seu Presidente da República tivesse um padrão de sucesso mais exigente do que o número de selfies que tira nas ruas.»
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