Um estudo desenvolvido na Universidade de Queen Mary, em Londres, publicado na revista Thorax, concluiu que a rinite alérgica, o eczema e a asma funcionam como factores de maior protecção contra o SARS-CoV-2. Além disso, o estudo revela que os factores de risco que levam ao desenvolvimento da COVID-19 diferem daqueles que levam ao estado grave e crítico da doença.
O estudo decorreu entre Maio de 2020 e Fevereiro de 2021 com o objectivo de compreender a relação de causalidade entre um conjunto variado de factores e o risco de ficar infectado com COVID-19. Participaram cerca de 16 mil adultos do Reino Unido, de forma voluntária, que partilharam dados relativos à idade, altura, dietas, estilos de vida e se estavam ou não a tomar alguma medicação ou tinham sido vacinados contra a doença.
O estudo concluiu que os factores que levam a contrair a infecção são diferentes daqueles que a agravam: "Há uma sobreposição limitada entre os factores de risco para o desenvolvimento de COVID-19 versus aqueles para admissão em unidade de terapia intensiva e morte", explica o Prof. Doutor Adrian Martineau, co-autor e professor da Universidade Queen Mary.
Os investigadores estudaram também factores demográficos e socioeconómicos: os adultos de descendência asiática ou asiático-britânicos revelaram ter o dobro da probabilidade de contracção da COVID-19 em relação ao "homem caucasiano britânico". Além disso, quem reside em alojamentos sobrelotados tem um risco de infecção mais elevado, bem como pessoas com um elevado índice de massa corporal.
O género, idade, dieta ou outras condições médicas previamente identificadas não são factores associados com o maior risco de infecção, contrariando estudos anteriores.
Quase todos os participantes (15.227) responderam a um questionário inicial de acompanhamento e 14.348 preencheram o inquérito final do estudo antes do dia 5 de Fevereiro. A idade média dos inquiridos era de 59 anos; 70 por cento eram mulheres e 95 por cento identificaram-se como brancos na secção de origem étnica. A participação no estudo foi voluntária, o que levou a uma sub-representação das minorias étnicas.
(Fonte: "myALERGOLOGIA", 14/12/2021)

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