«Não me considero muito velho, mas já posso dizer que ainda sou do tempo que ainda se escreviam postais nas férias e que se comprava um "credifone" para telefonar, de uma cabine, para os pais ou para casa das amigas, sempre com aquela voz a tremer, pois não sabíamos se era o pai que atendia do outro lado. A tecnologia da comunicação avançou bastante nos últimos anos e eu tive a sorte de assistir, de camarote, a todas estas evoluções, desde o aparecimento e desenvolvimento do telemóvel/smartphone, dos computadores ao aparecimento das redes sociais.
As redes sociais, na minha opinião, foram das melhores coisas que apareceram nos últimos tempos. Sinto que é uma janela para o mundo, para o contacto com as outras pessoas, para a divulgação de informação e para a verdadeira globalização. Acho fantástico, e agora que estamos no verão em que as pessoas estão a viajar, fico fascinado com as imagens que me chegam de paisagens do outro lado do globo, com os sons, as cores... só ficam a faltar os cheiros! Falar com os meus amigos que vivem noutros países, discutir a bola, combinar os jantares de grupo, saber das novidades de última hora, é mesmo uma dádiva que, admito, já ser difícil viver sem ela.
Mas claro, nem tudo podia ser um mar de rosas e como em tudo, caiu-se no exagero. Podemos e devemos usufruir destas ferramentas tão poderosas, mas será que temos de estar hipnotizados por elas? Não!!! Temos de ser coerentes e não nos devemos deixar dominar. Devemos ser nós a saber usá-las e não o contrário. Sejamos inteligentes por favor! Fico triste em relação às notícias falsas que correm por aí, fico desiludido quando as pessoas se escondem através de comentários tristes no Facebook, fico desapontado quando não se larga o telemóvel numa mesa de família e mais que isso, fico irritado quando se vive numa falsidade digital de aparências e preconceitos.
Abram os olhos e parem para pensar!»
(Autoria de Nuno Silva e Pinto, director do Boas Notícias. Ler mais aqui)
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