Do artigo de opinião com o mesmo título, de João Miguel Tavares, publicado hoje pelo jornal "Público", dois excertos, com a devida vénia:

.../... Sair do euro é apenas fugir ao euro. Toda a gente fala da “década perdida” como se ela fosse a primeira da nossa história, ou como se não existissem outros países do mundo com décadas perdidas, mesmo com capacidade para imprimir moeda (o Japão, desde logo). Aquilo que o euro não nos permite, de facto, é mascarar as nossas fragilidades como antigamente – o euro exige a adopção de políticas mais corajosas do que telefonar para a Casa da Moeda a mandar ligar as rotativas. A afirmação de Portugal na Europa é um sonho antigo, que demorou e custou a concretizar. E é um sonho que vai muito para além da sua dimensão económica. Sair do projecto europeu é assumir a nossa absoluta menoridade. Antes outra década perdida dentro do euro do que uma década supostamente ganha fora dele.»
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