Após as revelações "bombásticas" de Assange e Snowden, temos as novas revelações bombásticas dos "papeis do Panamá" que revelam que, coisa que não sabíamos, existem paraísos fiscais!
Como nas revelações anteriores nada que já não soubéssemos.
Então para que servem estas revelações?
Após estas revelações (que não fazíamos a mínima ideia que existissem) vêm as revelações dos nomes dos implicados e os países atingidos, e aqui a questão é muito instrutiva...
O que é uma offshore.
Por oposição às sociedades "onshore", estas sociedades possuem várias vantagens:
- segredo bancário,
- segredo profissional dos vários intervenientes,
- impostos irrisórios,
- anonimato dos acionistas,
- contabilidade não obrigatória.
Todos os ingredientes para a lavagem de dinheiro.
Este "sistema" é tolerado ao nível mundial porque convém a muitos países, multinacionais e muita gente poderosa. Estas sociedades só existem "no papel", não têm empregados, apenas uma caixa de correio postal.
O poder dos media.
Antes de abordar as perguntas que ficam pendentes após estas revelações, convém lembrar que os media estão nas mãos do poder e que existem 3 grandes verdades sobre esses mesmos media:
1- A missão dos media é de orientar o pensamento e as opiniões dos povos na direção desejada pela classe dominante.
2- Os media nunca dão relevo a uma história ou um indivíduo que represente um verdadeiro perigo para a classe dominante que servem.
3- Quando todos os media dão relevo a um acontecimento é sinal que a classe dominante nos quer vender alguma coisa.
As verdadeiras questões pertinentes são as seguintes:
- Porque é que mais de 70% dos paraísos fiscais são britânicos (Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caiman, Gibraltar, Monserrat)?
- Porque é que os Estados Unidos, não são citados nestes documentos, com empresas ou personalidades, quando se sabe que 55% das empresas americanas recorrem a offshores?
- Porque é que não é apontado o dedo aos paraísos fiscais americanos como os estados de Delaware, Wyoming ou Nevada?
- Quem foi, e como foi possível, que um individuo ou indivíduos tivessem acesso, e em que circunstâncias, a um tão grande numero de ficheiros?
- Porquê entregar esses ficheiros tão preciosos a um jornal (o diário alemão Süddeutsche Zeitung)? E porquê um jornal alemão (país ainda não citado pelos escândalos)?
- Porque é que esse jornal entregou os ficheiros a um consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) com sede em Washington, nos Estados Unidos, financiado por Rockfeller, Rothschilds, Soros ou Microsoft?
- Porque é que as principais figuras atingidas (não directamente, mas sim através de familiares) são as dos países alvo do sistema monetário/USA/GB ou da estratégia geopolítica mundial destes: Rússia, China, Síria, Ucrânia, Islândia, Venezuela, Argentina, ...?
(Post, com o título «A treta dos "papéis do Panamá"», publicado no blogue "Octopus" no dia 9 de Abril de 2016, transcrito com a devida vénia)
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