Vergílio António Ferreira, escritor português, nasceu no dia 28 de Janeiro de 1916 em Melo, Gouveia.
Vergílio Ferreira foi seminarista no Fundão durante seis anos. Em 1936, deixou o seminário e concluiu o Curso Liceal no Liceu da Guarda. Licenciado em Filologia Clássica em 1940, pela Universidade de Coimbra, foi professor liceal em Faro, Bragança, Évora e Lisboa, onde acabou por se fixar, leccionando o resto da sua carreira no Liceu Camões. Casou, em 1946 com Regina Kasprzykowsky, professora polaca que se encontrava como refugiada da guerra em Portugal e com quem Vergílio ficou até à sua morte.
Escritor dos mais representativos das letras portuguesas da segunda metade do século XX, a vivência de Vergílio Ferreira fechou-se no labirinto do existencialismo sartriano.
O quase abandono dos pais que emigraram para os Estados Unidos e o deixaram entregue a umas tias apenas com 3 anos, a pobreza e o isolamento dos anos que passou no seminário fizeram de Vergílio Ferreira uma pessoa insegura. O sentimento de o mundo estar sempre em falta para com ele, o nunca se sentir suficientemente reconhecido, suficientemente amado são visíveis na sua obra e na sua vida. As suas inseguranças crónicas oscilam com momentos de megalomania em que se acha "o melhor escritor do mundo", como escreveu no diário (Conta-corrente III).
A 3 de Setembro de 1979 foi atribuída a Vergílio Ferreira a insígnia de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Vergílio Ferreira faleceu em Lisboa, no dia 1 de Março de 1996.
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