Segundo a lenda, foi em 1415 que os portuenses ganharam o epíteto de "tripeiros" por terem cedido todas as carnes da cidade, com excepção das tripas, à armada do Infante D. Henrique que partiu nesse ano do Porto, rumo à conquista de Ceuta.
O Infante D. Henrique, precisando de abastecer as naus para a tomada de Ceuta, na expedição militar organizada pelo Rei D. João I em 1415, pediu aos habitantes da cidade do Porto todo o género de alimentos. Todas as carnes que havia na cidade foram limpas, salgadas e armazenadas nas embarcações, restando disponíveis para a população unicamente as miudezas, incluindo as tripas das vacas e vitelas, para consumo próprio. Foi com elas que os portuenses tiveram de imaginar alternativas alimentares, surgindo assim o prato "Tripas à moda do Porto", que acabaria por se perpetuar até aos nossos dias e tornar-se um dos elementos gastronómicos mais característicos da cidade. De tal forma que, com esse prato típico, nasceria também a alcunha "tripeiros", como ficaram a ser conhecidos, desde então, os portuenses.
Ao longo dos tempos o prato viria a tornar-se mais rico e elaborado. Hoje ele é confeccionado com vários tipos de carne, tripas, enchidos e feijão branco.
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