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Cada cartão multibanco, visa ou de compras regista para serviço do banco ou da cadeia de hipermercados aquilo que comemos e bebemos. Cada fatura informa o Estado das nossas rotinas. Cada exame médico informatiza-nos as doenças. Cada câmara de vigilância num centro comercial, num transporte público, num edifício de escritórios ou até em algumas ruas, guarda digitalmente a nossas caras para seguranças privados ou agentes da PSP se aborrecerem de morte.
Google, Facebook e os outros todos monitorizam-nos o ziguezague em banda larga para injetarem publicidade personalizada e, revelou Edward Snowden, ajudarem a espionagem norte-americana.
.../...Qual é a solução? Como podemos controlar quem pode "ler" a nossa vida pessoal? Que mecanismos teremos ao nosso alcance para fazê-lo? Como poderemos ter, cada um de nós, acesso a esses dados, para denunciar os abusos, para nos defendermos?
Em relação ao fisco e à Segurança Social proponho que toda a informação (mas mesmo toda) que o Estado tenha possa ser consultável, via internet, pelos respetivos titulares. Mais: de cada vez que alguém, seja quem for, consulte esses dados, se adicione o registo desse acesso para conhecimento exclusivo do contribuinte. Proponho, portanto, uma lista VIP com dez milhões de portugueses... A alternativa a isto é esta: desligar a eletricidade.»
(Excertos do artigo de opinião do jornalista Pedro Tadeu, intitulado "A discussão da lista VIP é um bocado estúpida?", publicada hoje no jornal "Diário de Notícias")
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