D. Pedro, Infante de Portugal, 1º Duque de Coimbra, príncipe da dinastia de Avis, quarto filho do rei D. João I e de Dona Filipa de Lencastre, nasceu no dia 9 de Dezembro de 1392, em Lisboa. Foi regente de Portugal entre 1439 e 1446.
D. Pedro foi, desde a
infância, muito dedicado ao estudo e era versado em ciências e em letras. Participou nos preparativos
para a conquista de Ceuta, tendo presidido ao levantamento das tropas na
região de Lisboa e Sul do país. Comandou um dos corpos militares que
conquistaram a referida cidade em 1415. No regresso, recebeu o título de Duque de Coimbra.
De 1425 a 1428 D. Pedro percorreu a Europa até ao Mar Negro. Lutou contra os hussitas e os turcos, recebendo como retribuição o ducado de Treviso, no norte de Itália. Pelas suas viagens mereceu o cognome de "Príncipe das Sete Partidas".
Casado, em 1429, com Dona Isabel de Urgel, D. Pedro fixou-se em Coimbra, dedicando-se ao cultivo das terras e ao estudo. Mostrou-se contrário à expansão portuguesa em Marrocos, devido aos fracos recursos económicos do país. Apesar da sua discordância, ajudou nos preparativos para a campanha de Tânger, organizando as forças do norte.
Após a morte de D. Duarte, o povo e as cortes entregaram-lhe a regência que seu irmão confiara à rainha D. Leonor de Aragão. D. Pedro reformou a universidade, promoveu os estudos, fomentou a expansão comercial e marítima e consolidou a reforma administrativa, promovendo a revisão e a publicação das "Ordenações Afonsinas" (1446).
Quando seu sobrinho e genro D. Afonso V assumiu o poder (1446), a pedido deste permaneceu a seu lado. A nobreza, que lhe era francamente hostil, não só o levou a afastar-se da corte (Julho de 1448), mas também lhe armou a cilada que o fez rebelar-se contra D. Afonso V, vindo a morrer em combate. Com efeito, sob acusações que haveria mais tarde de descobrir serem falsas, D. Afonso V declarou o Infante D. Pedro um rebelde. A situação tornou-se insustentável e deu origem a uma guerra civil. Breve, pois a 20 de Maio de 1449 ocorreu a Batalha de Alfarrobeira, no Forte da Casa, perto de Alverca, durante a qual o Infante morreu.
Conservam-se várias cartas da autoria do Infante D. Pedro, que apresentam inegável valor histórico. Compôs o livro ou tratado da Virtuosa Benfeitoria e traduziu do latim diversos tratados (de Cícero, de Séneca e de Vegécio). Além das letras, o Infante D. Pedro cultivou também a música.
Após a morte de D. Duarte, o povo e as cortes entregaram-lhe a regência que seu irmão confiara à rainha D. Leonor de Aragão. D. Pedro reformou a universidade, promoveu os estudos, fomentou a expansão comercial e marítima e consolidou a reforma administrativa, promovendo a revisão e a publicação das "Ordenações Afonsinas" (1446).
Quando seu sobrinho e genro D. Afonso V assumiu o poder (1446), a pedido deste permaneceu a seu lado. A nobreza, que lhe era francamente hostil, não só o levou a afastar-se da corte (Julho de 1448), mas também lhe armou a cilada que o fez rebelar-se contra D. Afonso V, vindo a morrer em combate. Com efeito, sob acusações que haveria mais tarde de descobrir serem falsas, D. Afonso V declarou o Infante D. Pedro um rebelde. A situação tornou-se insustentável e deu origem a uma guerra civil. Breve, pois a 20 de Maio de 1449 ocorreu a Batalha de Alfarrobeira, no Forte da Casa, perto de Alverca, durante a qual o Infante morreu.
Fragmento do Painel dos Cavaleiros, no políptico de S. Vicente, que se pensa representar os quatro filhos mais novos de D. João I; de verde, D. Pedro, com o cinto da Jarreteira cruzado no peito. |
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