quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Orçamento do Estado para 2015 e a "fiscalidade verde"

.../...« ao contrário de todas as promessas e expectativas, a carga fiscal até aumenta. E, para lá da justa diminuição do IRS das famílias numerosas, em nome de princípios correctos de fiscalidade verde o que se faz não é dar benefícios a quem tem boas práticas ambientais, nem agravar a punição dos grandes poluidores - o que se faz é penalizar a generalidade dos contribuintes. Por exemplo, com uma nova subida da taxa sobre os combustíveis, utilizados, sem possibilidade de substituição, no trabalho de pessoas e empresas. Subida de taxa que gera mais um aumento do seu elevado preço, cuja principal componente já é a fiscal (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e IVA), e aumento que, por sua vez, se repercute no preço de numerosos outros produtos. Chega, por outro lado, a parecer humor negro o contraste no tratamento dos carros antigos e dos novos, eléctricos ou mistos, os únicos beneficiados, mas que como se sabe são muito caros - como se aqueles que têm carros antigos não tenham dos novos por falta de consciência ambiental e não por falta de dinheiro...».../...

(Excerto do artigo de opinião de José Carlos de Vasconcelos, intitulado "OE, a continuação na continuidade..." publicado na revista "Visão" de 23 de Outubro de 2014)

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