sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Afinal como está a ser a actual orientação dos casos suspeitos de Ébola pelo Serviço Nacional de Saúde?

O desabafo de um médico português, revelado pelo Sindicato Independente dos Médicos no seu portal:

«No meu Hospital a "formação" foi uma circular a listar o material a vestir e usar em casos suspeitos.

O nosso banco recebe diariamente doentes oriundos de África, e é o caos completo - mais de 80 doentes em macas num SO concebido para menos de 30.

Já tivemos um caso "suspeito" no verão  - um português que veio da capital da Libéria. Vinha sem queixas, mas espontaneamente ao chegar à Portela disse que vinha da Libéria, etc. Ninguém lhe ligou.

Espontaneamente decidiu ficar isolado da família 3 semanas, e entretanto teve um enfarte!

Veio ao nosso SU, disse que tinha estado na Libéria, foi contactado o serviço competente do MS, disseram que não era preciso cuidados especiais. Lá fez a angioplastia e foi para os Cuidados Intensivos.

48 horas depois veio a informação que afinal devia estar em isolamento (!).

Lá ficou, a achar - e bem - que éramos todos malucos... Nunca teve febre e a análise veio negativa. 

"Seja o que Deus quiser"»

Entretanto, a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde anunciaram já que irão alterar as normas de orientação dos casos suspeitos de Ébola no Serviço Nacional de Saúde, anunciando ainda que Portugal terá acesso ao soro experimental que foi administrado aos doentes que sobreviveram ao vírus.

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