«No meu Hospital a "formação" foi uma circular a listar o material a vestir e usar em casos suspeitos.
O nosso banco recebe diariamente
doentes oriundos de África, e é o caos completo - mais de 80 doentes em
macas num SO concebido para menos de 30.
Já tivemos um caso "suspeito" no
verão - um português que veio da capital da Libéria. Vinha sem queixas,
mas espontaneamente ao chegar à Portela disse que vinha da Libéria,
etc. Ninguém lhe ligou.
Espontaneamente decidiu ficar isolado da família 3 semanas, e entretanto teve um enfarte!
Veio ao nosso SU, disse que tinha
estado na Libéria, foi contactado o serviço competente do MS, disseram
que não era preciso cuidados especiais. Lá fez a angioplastia e foi para
os Cuidados Intensivos.
48 horas depois veio a informação que afinal devia estar em isolamento (!).
Lá ficou, a achar - e bem - que éramos todos malucos... Nunca teve febre e a análise veio negativa.
"Seja o que Deus quiser"»
Entretanto, a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde anunciaram já que irão
alterar as normas de orientação dos casos suspeitos de Ébola no Serviço
Nacional de Saúde, anunciando ainda que Portugal terá acesso ao soro
experimental que foi administrado aos doentes que sobreviveram ao vírus.
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