Guilherme Almor de Alpoim Calvão, um dos oficiais mais condecorados
das Forças Armadas portuguesas e que
após o 25 de Abril se destacou pela sua oposição ao regime, faleceu esta madrugada
no Hospital de Cascais, aos 78 anos, vítima de doença prolongada.
Alpoim Calvão com Almeida Bruno (à sua esquerda) e Marcelino da Mata, em 2001, em Lisboa,nas comemorações do dia 10 de Junho |
Em 1970, durante a denominada Guerra Colonial, Alpoim Calvão planeou e comandou a secreta "Operação Mar Verde" que tinha por objectivos, através de uma incursão clandestina, provocar um golpe de estado na Guiné Conakry, capturar Amílcar Cabral e levá-lo para Bissau,
libertar os 26 militares portugueses que estavam detidos numa prisão de
Conakry e destruir aviões de apoio ao PAIGC.
Alpoim Calvão recusou integrar o grupo de oficiais do 25 de Abril. Pouco tempo depois, apoiou o general Spínola, a quem
considerava como o único que poderia repor os "objectivos iniciais" do 25
de Abril.
Foi fundador e participante activo do Movimento Democrático de Libertação
de Portugal (MDLP), responsável por uma série de assaltos e atentados
bombistas a sedes do PCP e de outros partidos de esquerda durante o denominado "Verão
Quente" de 1975.
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