Ontem, na X Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Dili, Timor-Leste, a Guiné Equatorial foi aceite, por consenso, como membro de pleno direito, sem que tenha havido votação.
O Presidente Teodoro Obiang governa Guiné Equatorial há 35 anos e é o principal
alvo das acusações dos opositores ao regime que denunciam a existência
da pena de morte, tortura e outras violações dos direitos humanos. Essas
acusações, associadas ao facto de praticamente ninguém falar a Língua
Portuguesa naquele país da África ocidental, justificaram um coro de
críticas à entrada da Guiné Equatorial na CPLP.
O Presidente português, que não aplaudiu Teodoro Obiang quando este foi
chamado ao palco, limitou-se a destacar o conjunto de valores
identitários que os países da CPLP partilham, como são a Língua
Portuguesa e os princípios fundadores de defesa da paz, do Estado de
direito democrático, dos Direitos Humanos e do desenvolvimento
económico-social. Cavaco Silva considerou ainda ser "fundamental que
continuemos a deixar claro, no presente e no futuro, que são esses os
valores que determinarão as nossas decisões e as nossas iniciativas".
Cavaco Silva reforçou os princípios que nortearam a constituição da CPLP.
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