Investigadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Maryland, liderados por Michael Yassa,
da Universidade da Califórnia, procuraram avaliar os efeitos de
pequenas quantidades de cafeína no funcionamento da memória de adultos. Os 160 participantes dessa pesquisa estudaram imagens de objectos e alguns deles ingeriram
pílulas contendo 200 miligramas de cafeína (a mesma quantidade
encontrada em dois cafés "expresso"), enquanto outros tomaram um placebo.
Após 24 horas, os voluntários fizeram um teste de memória envolvendo
quer as imagens vistas anteriormente, quer imagens similares,
e também imagens que não haviam sido mostradas. Foi pedido que os voluntários
classificassem as imagens como "velha", "nova" ou "similar". Não houve
diferença entre os participantes que classificaram as velhas e novas,
mas os que consumiram cafeína apresentaram melhores resultados nas imagens "similares".
Os investigadores concluíram que a cafeína melhora a memória de longo prazo ao
melhorar o processo de consolidação da memória. Os resultados foram
publicados na revista Nature Neuroscience.
No entanto, parece que a cafeína não ajuda a recuperar a memória. Com efeito, numa segunda experiência, na qual a cafeína foi consumida uma hora antes do teste,
ela não teve nenhum efeito positivo. Os testes foram também repetidos utilizando doses maiores e doses menores de cafeína, mas o efeito foi menos notável. Dois cafés "expresso" parecem ser realmente a quantidade ideal.
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