Nelson Ned d'Ávila Pinto, cantor romântico dos anos 1960 e compositor brasileiro, morreu na manhã do dia 5 de Janeiro, domingo, no Hospital Regional de
Cotia, em São Paulo. Estava internado desde o dia anterior, com pneumonia.
De estatura física improvável para cantor romântico (media 1,12 m), o facto de ser anão (em criança foi-lhe diagnosticada displasia espôndilo-epifisária) não o limitou no sucesso internacional. Foi o primeiro cantor latino a vender mais de um milhão de discos nos Estados Unidos, onde actuou ao lado de Tonny Bennet e de Julio Iglesias e encheu o Madison Square Garden e (por três vezes) o Carnegie Hall, em Nova Iorque. Com 32 álbuns gravados em português e espanhol, vendeu mais de 45 milhões de cópias.
Nelson Ned foi um ídolo na Argentina, no México e na Colômbia. No entanto, no Brasil era considerado cantor de "brega". Em Portugal, onde também teve grande sucesso, sobretudo com a canção "Domingo à tarde", era tido como cantor "pimba". Entre os americanos nunca teve essa etiqueta.
Ficou rico, mas admitiu ter gasto a sua fortuna "em muita cocaína, muito champanhe, muita mulherada".
Converteu-se nos anos 1990 à religião evangélica e desde então cantava
música gospel. Em 1996, lançou a biografia "O pequeno gigante da
canção", que fazia referência à sua altura.
Em 2003, Nelson Ned sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Desde então,
vivia no Recanto São Camilo, na Granja Viana, em Cotia. O AVC afectou a sua parte vocal, assim como memória. Ned
foi casado duas vezes e teve três filhos com Marly, a sua segunda esposa:
duas filhas, de 32 e 33 anos, e um filho, que mora no México.
O hit "Tudo passará” era a sua interpretação predilecta, conforme confessou numa entrevista. "É a que mais gosto. Quando cantei em um programa fui aplaudido de pé
no meio da música. Isso é ser "brega"? Quem não é "brega" quando fala de
amor? É o amor que é "brega", não a minha música".
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