.../...«É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos e, se não atendem, deixa afectuosos recados no voicemail do telemóvel. Dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos. Preocupa-se, sobretudo, com o lado humano e concreto das pessoas com quem se cruza, ao ponto de ter pedido à mãe de um bebé acabado de beijar que lhe pusesse um chapéu porque tinha a cabeça muito quente ou, ainda, no caso de um outro pequenino que chorava com fome, devolveu-o à mãe para ela amamentar o bebé, mesmo ali, na Praça de São Pedro. E como é um Papa “todo-o-terreno”, tão preocupado com o quotidiano da vida terrena quanto o é com a vida eterna e salvação de cada um, a misericórdia é, talvez, a sua palavra preferida, porque remete para a esperança e alegria.
Se pudesse, Francisco gostaria de abraçar todos, “com amor e ternura como fazem as mães”, como explicou numa entrevista, arqueando os braços como se segurasse um bebé. Porque “é assim que deve ser a Igreja: dar carinho, cuidar e abraçar”. E não é este também o melhor retrato de Francisco?»
(Excerto do artigo da autoria da jornalista Aura Migue,l publicado no jornal online "página1" de ontem)
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