Arul Chinnaiyan, M.D., Ph.D., e Scott Tomlins, M.D., Ph.D |
Investigadores da Universidade do Michigan, nos EUA, desenvolveram um
novo teste urinário para o cancro da próstata, que já se encontra
comercialmente disponível, e que mede fragmentos de ARN em minutos.
O
novo teste denominado por MiPS (Mi-Prostate Score) melhora o teste
sanguíneo do PSA, aumenta a capacidade dos médicos diferenciarem os
pacientes com tumores da próstata de elevado e de baixo risco, e poderá
ainda ajudar a evitar a realização de biopsias desnecessárias.
O
antigénio específico da próstata (PSA) é uma proteína produzida pela
próstata. Durante décadas o teste do PSA foi utilizado como marcador da
presença deste tipo de cancro. Contudo, este tipo de teste não é
específico para o cancro da próstata. Na verdade situações não
cancerígenas como o aumento ou a inflamação da próstata podem levar a
aumentos dos níveis de PSA. Mesmo em situações em que os níveis desta
proteína aumentam para níveis considerados acima da gama normal,
indicando a necessidade de biópsia, menos de metade destes procedimentos
detectam a presença de células cancerígenas. Adicionalmente, cerca de
44% das biopsias despoletadas pelos valores de PSA encontram células
cancerígenas não letais e improváveis de reduzir a esperança de vida do
paciente.
Neste contexto, os investigadores da
Universidade do Michigan desenvolveram o MiPS que é altamente específico
para o cancro da próstata. Este teste procura, em amostras de urina,
dois marcadores moleculares específicos. Um dos marcadores é um
fragmento de ARN de um gene, o PCA3, que tem uma actividade elevada em
95% dos cancros da próstata. O segundo marcador é ARN que apenas é
formado quando dois genes, o TMPRSS2 e o ERG, se fundem. A presença
desta fusão na urina é muito específica para este tipo de cancro.
No
estudo publicado na “Science Translational Medicine”, os investigadores
verificaram taxas mais elevadas de cancro em homens com os níveis mais
levados de TMPRSS2:ERG e PCA3 na urina. Os participantes do estudo foram
divididos em três grupos (baixo, intermédio e elevado) os quais tiveram
por base os níveis deste dois marcadores.
Outros
estudos também demonstraram que estes dois marcadores são mais eficazes
que o teste de PSA ou que a sua incorporação na calculadora de risco do
cancro da próstata, na previsão da presença do cancro da próstata.
(Adaptado de artigo publicado no portal "Univadis")
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