quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Consequências da nova Lei da prescrição de medicamentos por princípio activo

«Toneladas de desperdício»

«Desde a implementação da nova Lei da DCI (prescrição de medicamentos por princípio ativo) assistimos a uma deterioração da qualidade da medicina. Em muitos casos, como nos antibióticos, o médico não pode selecionar o medicamento que pretende dar ao seu doente. As farmácias trocam as receitas para marcas mais caras, com graves prejuízos financeiros e de saúde para o doente, perante o silêncio do Ministério da Saúde.

A Lei nem sequer aumentou a taxa de genéricos, tal como a Ordem dos Médicos alertou. É a prescrição médica e a entrada de novos genéricos que vão aumentando a respetiva taxa.

Uma das medidas mais estólidas da Lei da DCI é obrigar a que, em cada receita, apenas se possa colocar um único medicamento com marca, seja genérico ou original. Todos os doentes percebem, porque muitos levam dezenas de receitas! Um doente levou 33 receitas! Com desperdício de toneladas de papel, de toner e de tempo!

Desculpem, mas não encontro justificação melhor, é uma absurda estolidez do Ministério da Saúde!»

(Opinião de José Manuel Silva, Bastonário da Ordem dos Médicos, publicada no jornal "Correio da Manhã" do dia 04.07.2013)

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