segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A duração da gravidez pode variar naturalmente até cinco semanas

Um estudo (Length of human pregnancy and contributors to its natural variation) publicado na revista "Human Reproduction", sugere que a duração da gravidez pode variar naturalmente até cinco semanas.

A data provável do parto é, habitualmente, calculada para 280 dias após a data da última menstruação. No entanto, apenas quatro por cento das mulheres dão à luz exactamente neste período e apenas 70% dos partos ocorrem com uma margem de erro de 10 dias, mesmo que a data provável de parto tenha sido corrigida através dos dados obtidos através de uma ecografia.

Mas pela primeira vez os investigadores do National Institute of Environmental Health Sciences, nos EUA, foram capazes de identificar o preciso momento em que a mulher ovula e o embrião fertilizado é implantado no útero durante uma gravidez natural. "Verificámos que, em média, o período que vai desde a ovulação até ao nascimento é de 268 dias, ou seja, 38 semanas e dois dias. No entanto, constatámos que a duração das gravidezes variava em 37 dias", revelou uma das autoras do estudo, Anne Marie Jukic.

O estudo também apurou que os embriões que demoravam mais tempo a implantar, também demoravam mais tempo desde a implantação até ao parto, e estas gravidezes que mostraram um menor aumento de progesterona eram, em média, 12 semanas mais curtas que as restantes.

"Estou intrigada pelo facto de os eventos que ocorrem tão precocemente na gravidez, semanas antes da mulher saber que de facto está grávida, estarem associados à data do parto que ocorre meses depois. Estes achados sugerem que os eventos que ocorrem no início da gravidez fornecem uma nova via para a investigação do parto", acrescentou ainda Anne Marie Jukic.

O estudo referiu ainda que os outros factores que influenciam a duração da gravidez incluem: a idade da mulher (quanto mais velha mais longa é a gestação); peso (as mulheres que nasceram com excesso de peso tiveram gestações mais longas) e, caso a gravidez anterior tenha sido longa, a gravidez acompanhada ao longo do estudo tendia também a ser longa.

A investigadora conclui que de facto a variabilidade natural da gravidez é maior do que se pensava anteriormente, pelo que, sendo assim, os médicos poderão querer manter esta informação em mente quando estão a decidir se devem intervir ou não numa gravidez.

(Adaptado de artigo publicado no portal Univadis em 09.08.2013)

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