sábado, 13 de julho de 2013

Joana Amaral Dias, eventual especialista em "cavaquês", explica

«A mensagem do PR dispensa tradução simultânea, descodificador ou um especialista em cavaquês. Sim, para Cavaco, o governo passou de bestial a besta. 

Sim, PS, PSD e CDS podem fazer todas as reuniões, inclusive de tupperware, que das duas uma: ou há um improvável governo presidencial ou há legislativas a curto prazo. E sim, quanto mais depressa forem as eleições, melhor: dez meses de campanha é pior do que dois; em 2013 Portugal não precisa de mais financiamento externo, de 2014 nada sabemos; aconteça o que acontecer mais vale que seja com um governo de legitimidade reforçada do que com um contestado e isolado. Por que é que, então, o PR passou da instabilidade ao conflito?

Vingou-se de Passos e Portas, ainda tentou entalar Seguro e sacudiu qualquer responsabilidade. Portugal pode estar a arder que Belém não mexe. Mas se alguém lhe chamar palhaço, Cavaco move montanhas. A sua comunicação pode parecer charada, mas é apenas uma das mais velhas motivações do mundo e assume proporções bíblicas: chama-se vaidade.»

(Artigo de opinião de Joana Amaral Dias, Docente Universitária, publicado hoje em "Pensar Alto" no jornal online "Correio da Manhã")

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