.../...«Admiro aqueles que, depois de uma vida inteira de
trabalho, se sacrificam para ajudar os filhos e os netos numa altura em
que o País atravessa uma grave crise económica.
Metem-me
nojo os que acumularam reformas resultantes de nomeações políticas
saltando de empresa pública para empresa pública, os que toda a vida
declararam ganhar o salário mínimo e cinco anos antes da aposentação
revelaram a verdadeira dimensão principesca dos seus ordenados, os que
não abdicam da subvenção vitalícia que eles próprios criaram.
Os
reformados merecem descanso, não manipulações a soldo de falsos
indignados. Merecem carinho e respeito, não revoltas em nome de quem
perdeu privilégios que nunca deveria ter tido. Os reformados de hoje
sabem pensar e escolher. Assim como eu espero amanhã saber contar aos
meus netos, que a geração dos seus bisavôs foi lúcida na crise, corajosa
na dificuldade e lhes deixou um país melhor e mais justo.»
(Excerto do artigo de opinião de Miguel Alexandre Ganhão, Subchefe de Redacção do jornal "Correio da Manhã, publicado ontem)
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