sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dos reformados

.../...«Admiro aqueles que, depois de uma vida inteira de trabalho, se sacrificam para ajudar os filhos e os netos numa altura em que o País atravessa uma grave crise económica.

Metem-me nojo os que acumularam reformas resultantes de nomeações políticas saltando de empresa pública para empresa pública, os que toda a vida declararam ganhar o salário mínimo e cinco anos antes da aposentação revelaram a verdadeira dimensão principesca dos seus ordenados, os que não abdicam da subvenção vitalícia que eles próprios criaram.

Os reformados merecem descanso, não manipulações a soldo de falsos indignados. Merecem carinho e respeito, não revoltas em nome de quem perdeu privilégios que nunca deveria ter tido. Os reformados de hoje sabem pensar e escolher. Assim como eu espero amanhã saber contar aos meus netos, que a geração dos seus bisavôs foi lúcida na crise, corajosa na dificuldade e lhes deixou um país melhor e mais justo.»

(Excerto do artigo de opinião de Miguel Alexandre Ganhão, Subchefe de Redacção do jornal "Correio da Manhã, publicado ontem)

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