A Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) apresentou recentemente uma
recomendação no sentido de que a prescrição para doentes com mais de 75
anos não ultrapasse os cinco medicamentos.
Por intermédio do seu Conselho Directivo, a ARSN apresentou a medida como um indicador de saúde validado cientificamente, que concorreria para a eficácia terapêutica e segurança do doente e cuja aplicação seria facultativa, mas contribuiria para a "avaliação" dos médicos.
Num comunicado publicado no Portal Oficial da Ordem dos Médicos (OM), o Conselho Nacional Executivo (CNE) «exige a imediata suspensão» desta recomendação da Administração Regional de Saúde do Norte e considera que o Conselho Directivo da ARSN «não tem legitimidade política nem científica para continuar em funções, caso esta suspensão não seja efectivada no imediato».
Por intermédio do seu Conselho Directivo, a ARSN apresentou a medida como um indicador de saúde validado cientificamente, que concorreria para a eficácia terapêutica e segurança do doente e cuja aplicação seria facultativa, mas contribuiria para a "avaliação" dos médicos.
Num comunicado publicado no Portal Oficial da Ordem dos Médicos (OM), o Conselho Nacional Executivo (CNE) «exige a imediata suspensão» desta recomendação da Administração Regional de Saúde do Norte e considera que o Conselho Directivo da ARSN «não tem legitimidade política nem científica para continuar em funções, caso esta suspensão não seja efectivada no imediato».
Neste comunicado, o CNE da OM afirma que «os "estudos" citados para validar a posição da ARSN estão no domínio da ficção. É óbvio que o risco de interacções aumenta com o número de medicamentos, mas não existem estudos científicos que comparem a polimedicação em doentes com doenças crónicas com o não tratamento puro e simples de algumas dessas doenças crónicas.»
O Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médico aconselha por isso todos os médicos a
cumprirem o Código Deontológico e a «actuarem de acordo com a melhor
evidência científica que dispõem, assegurando o melhor tratamento
possível aos seus doentes», uma vez que, como pode ler-se no comunicado, «o
que a ARS Norte propõe nesta recomendação não é um indicador de saúde,
antes um parâmetro meramente economicista e simplista, que reduz a
evidência científica a um número máximo abstracto de cinco medicamentos
por doente».
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