Num estudo (Association between habitual physical activity and lower cardiovascular risk in premenopausal, perimenopausal, and postmenopausal women: a population-based study) iniciado em 1995 na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, recentemente publicado na revista "Menopause", os investigadores brasileiros contaram com a participação
de 292 mulheres que tinham entre 45 a 72 anos de idade. Às participantes
foram fornecidos pedómetros e durante sete dias foram registados os
seus passos. Paralelamente foi também testado o nível de colesterol e
glucose no sangue, e foi medido o perímetro de cintura para avaliação da
obesidade abdominal, um factor de risco para diabetes e doença
cardiovascular.
Os investigadores agruparam as participantes em inactivas ou activas
consoante davam menos ou mais de 6.000 passos por dia. Foi verificado que o número médio de passos por dia era de 5.251, que as
mulheres activas davam, em média, 9.056 e as inactivas apenas 3.472.
O estudo apurou que as mulheres inactivas tinham uma maior tendência para
terem excesso de peso ou serem obesas e apresentavam um perímetro de
cintura maior que 88 cm, mesmo após os investigadores terem tido em
conta efeitos associados à menopausa, tabagismo e terapia hormonal. Este
grupo de mulheres também apresentava um maior risco de diabetes tipo 2 e
síndrome metabólica.
Ficou assim evidenciado que as mulheres que dão pelo menos 6.000 passos por dia (o que para a maioria das
pessoas é equivalente a andar cerca de uma hora) apresentam um menor
risco de desenvolver diabetes e síndrome metabólica na meia-idade.
Há muitas evidências que mostram que o exercício físico estruturado está
associado a um menor risco de diabetes, pressão arterial elevada e
doenças cardíacas, mas este estudo sugere que a prática de actividade
física regular, quer através de exercício ou apenas tendo uma vida
activa, é suficiente para melhorar a saúde das mulheres de meia-idade.
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