.../...«PS, PSD e PP, os partidos do arco da governação, estiveram durante anos a
atirar o país para o buraco em que está ou porque fugiram ou porque
foram adiando decisões difíceis para ganharem eleições.
Pedro Passos Coelho tem uma oportunidade única para revelar que é um homem de Estado, resistindo à tentação de bater com a porta em resposta à traição de uns e à irresponsabilidade de outros. Claro que não seria o primeiro a sair por incapacidade de enfrentar os poderes e interesses instalados, que vão dos grupos económicos aos partidos políticos. Mas exactamente porque outros já desistiram, precisamos de quem não desista.
Precisamos ainda que o Presidente da República não caia na tentação de entregar o poder a um independente. Os partidos criam os problemas, os partidos têm de os resolver. Contribuir para uma democracia saudável e mais madura é entregar aos partidos a tarefa de resolver problemas que significam sacrifícios para o seu eleitorado.
Não é sofisticado, não é ciência nem filosofia política, mas o que de facto se quer de quem pode governar em tempos difíceis é que tenha coragem, seja responsável e não caia na tentação da traição para se safar. Portugal passou com elogios das instituições internacionais e de líderes europeus na quinta avaliação da troika. Não vamos perder o pouco, muito pouco, que já conseguimos na resolução desta crise.»
Pedro Passos Coelho tem uma oportunidade única para revelar que é um homem de Estado, resistindo à tentação de bater com a porta em resposta à traição de uns e à irresponsabilidade de outros. Claro que não seria o primeiro a sair por incapacidade de enfrentar os poderes e interesses instalados, que vão dos grupos económicos aos partidos políticos. Mas exactamente porque outros já desistiram, precisamos de quem não desista.
Precisamos ainda que o Presidente da República não caia na tentação de entregar o poder a um independente. Os partidos criam os problemas, os partidos têm de os resolver. Contribuir para uma democracia saudável e mais madura é entregar aos partidos a tarefa de resolver problemas que significam sacrifícios para o seu eleitorado.
Não é sofisticado, não é ciência nem filosofia política, mas o que de facto se quer de quem pode governar em tempos difíceis é que tenha coragem, seja responsável e não caia na tentação da traição para se safar. Portugal passou com elogios das instituições internacionais e de líderes europeus na quinta avaliação da troika. Não vamos perder o pouco, muito pouco, que já conseguimos na resolução desta crise.»
(do Editorial de Helena Garrido, datado de 2012.09.19, no "Jornal de Negócios")
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