Ricardo Rodrigues, "o deputado dos gravadores", o tal que se apoderou dos gravadores quando estava a ser entrevistado para a revista "Sábado" porque não terá gostado de algumas das perguntas que lhe foram dirigidas, começou esta semana a ser julgado.
E a propósito, no editorial do último número da referida revista, comenta-se que «esse facto, que até no Iémen seria grave, não parece incomodar o Partido Socialista. Afinal, Ricardo Rodrigues continua a ser membro da Comissão Permanente da Assembleia da República - sendo que é este o local onde se deu a subtracção dos gravadores. Continua a ser membro do Conselho Superior do Ministério Público eleito pelo Parlamento - sendo que é o Ministério Público que o acusa. Continua a ser coordenador do PS na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e GArantias - sendo que está em causa um crime contra a liberdade de imprensa. E continua a ser membro suplente da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação - sendo que a junção da "ética" com a "comunicação" só pode ser aqui entendida como uma ironia.»
E termina assim o editorial: «Quando estava em campanha para ser eleito líder dos socialistas, António José Seguro prometeu que ia "dar o exemplo no interior do PS. Está dado.»
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