O Governo aprovou apenas mais três vagas do que em 2009. Ao todo, são 1661 lugares.
Mas as vagas a Medicina têm vindo a subir desde 2004, de 1185 para 1661, ou seja, aumentaram cerca de 40 por cento.
Assim, dentro de menos de dez anos, teremos passado da actual situação de falta de médicos para o extremo oposto, com excesso de licenciados em medicina e consequente desemprego médico.
Mas o problema não é apenas este. A qualidade do próprio ensino médico tem vindo a degradar-se. Há poucos dias, na sua última lição, o agora jubilado Professor Frederico Teixeira, Catedrático de Terapêutica Geral da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, considerava que a política governamental em relação à educação médica, é "cada vez mais restritiva e imediatista" referindo-se à "democratização do ensino sem que se prevenissem as condições necessárias nem se acautelassem as consequências imediatas", ao "inevitável estabelecimento do numerus clausus erradamente executado e não devidamente programado nas suas consequências" defendendo, por isso, "não o alargar do numerus clausus, como se diz, mas realmente o acabar com o numerus clausus, tal é já a avalanche de alunos que todos os anos entram na Faculdade, sem as devidas cautelas para assegurar a manutenção da qualidade da educação médica".
Porém, como se vê, tudo continua a fazer-se à boa e tradicional maneira portuguesa de planear em cima do joelho...
Mas o problema não é apenas este. A qualidade do próprio ensino médico tem vindo a degradar-se. Há poucos dias, na sua última lição, o agora jubilado Professor Frederico Teixeira, Catedrático de Terapêutica Geral da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, considerava que a política governamental em relação à educação médica, é "cada vez mais restritiva e imediatista" referindo-se à "democratização do ensino sem que se prevenissem as condições necessárias nem se acautelassem as consequências imediatas", ao "inevitável estabelecimento do numerus clausus erradamente executado e não devidamente programado nas suas consequências" defendendo, por isso, "não o alargar do numerus clausus, como se diz, mas realmente o acabar com o numerus clausus, tal é já a avalanche de alunos que todos os anos entram na Faculdade, sem as devidas cautelas para assegurar a manutenção da qualidade da educação médica".
Porém, como se vê, tudo continua a fazer-se à boa e tradicional maneira portuguesa de planear em cima do joelho...
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