Segundo uma notícia online publicada pelo jornal "A Bola" (!) em declarações à TSF o bastonário da Ordem dos Médicos defendeu, esta sexta-feira, a extinção da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), o organismo que anunciou poder vir a aplicar multas no valor de quase 200 milhões de euros aos hospitais, devido ao incumprimento relativo à marcação de consultas de especialidade pedidas pelo centros de saúde.
Pedro Nunes disse ter ficado estupefacto por a «ministra da Saúde ainda considerar a hipótese de pagamento seja do que for à ERS» (link), sobretudo num clima de «crise económica» e de «fecho de clínicas pediátricas, porque não há dinheiro para pagar horas extraordinárias».
«Estamos a cortar nos medicamentos para doenças graves, como a oncologia, porque estamos numa crise económica grande», sublinhou. Pedro Nunes disse ainda que não concebe que num clima como este se pague 200 milhões a uma «entidade rigorosamente inútil».
«O que é de exigir imediatamente ao Governo é que extinga a ERS, porque é uma entidade inútil que perturba o funcionamento do sistema de saúde e neste momento leva os hospitais a uma incapacidade efectiva de tratar doentes», atirou o bastonário.
Esta questão é antiga e ainda recentemente, na sessão de abertura do XV Congresso Nacional de Medicina e na presença da ministra da Saúde, o Bastonário Pedro Nunes se havia manifestado com veemência contra a existência de um organismo como a ERS, cuja utilidade sempre foi posta em casa pela Ordem dos Médicos, desde a sua implementação por exigência do então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.
Entretanto, o vogal da direcção da Entidade Reguladora da Saúde, Castro Alves, nega que tenham sido aplicadas multas daquele montante a hospitais, pois estes ainda estarão a responder às notas de culpa enviadas.
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