sexta-feira, 26 de março de 2010

Caminhar para a Saúde

Nesta nossa modernidade, para a generalidade das pessoas, fazer exercício para a saúde significa frequentar, desejavelmente de forma regular, um ginásio ou instituição desportiva apropriada, com dispêndio mensal de verbas mais ou menos significativas, a compra de vestuário ou equipamento "recomendado" e ter de reorganizar o horário de tempos livres para disponibilizar algumas horas semanais para o efeito. É bom lembrar, contudo, que é possível fazer exercício suficiente e eficaz de forma oportunística, divertida, fácil e... gratuita. Para muitos, a marcha pode ser o exercício de eleição.

Caminhar é um bom exercício físico para pessoas de todas as idades. Não exige qualquer aptidão especial, nem nenhum tipo de equipamento, a não ser um par de sapatos cómodos. Pode ser feito dentro ou, desejavelmente, fora de casa. O mais fácil é caminhar na vizinhança da própria casa. Quando há mau tempo é sempre possível caminhar num local abrigado,  como um centro comercial, por exemplo. Seja qual for o local, convém escolher um piso sem irregularidades, para evitar lesões.

Quem inicia este tipo de exercício deve começar devagar, com um ritmo de passada em que consiga ir a falar (se não conseguir conversar enquanto caminha, significa que a passada é demasiado rápida).  Se não for possível caminhar diariamente, deverá caminhar três a quatro vezes por semana, pelo menos 20 minutos de cada vez. A programação seguinte está organizada para que se possa progredir desde um estado de má condição física até uma situação de maior aptidão. Lentamente, deve procurar-se subir de nível:
  • 1,5 km
  • 1,5 km em 20 minutos
  • 2 km em meia hora
  • 3 km em 40 minutos
  • 3 km em 30 minutos
  • 4,5 km em 60 minutos
  • 4,5 km em 45 minutos
Podem decorrer vários meses até chegar ao último nível. Nunca devem sentir-se dores musculares. Se isso acontecer, deve descer-se um nível e progredir de maneira mais gradual. Um programa de exercício não deve, em nenhuma circunstância, causar sofrimento ou incomodidade que possam servir de desculpa para deixar de ser praticado. 
(Adaptado de "Caminhar para a saúde", revista Postgraduate Medicine, Janeiro 2010)

Sem comentários: