Pois, é assim e não como devia dizer-se (Viagens Pinto Lopes) em português correcto, que se denomina a agência de viagens que promoveu hoje no Coliseu do Porto, como é já tradição, o seu catálogo para 2010. Grande afluência de pessoas, predominando a meia-idade ou superior, azáfama na distribuição dos sacos com o respectivo catálogo e esferográfica e no preenchimento do cupão individual que dá direito a participar em sorteios que se vão realizando ao longo da sessão.No início, palavras introdutórias pelos principais responsáveis pela agência e, logo a seguir, uma sucessão de diapositivos e de vídeos com imagens alusivas aos "produtos" ou "pacotes" (assim designadas as viagens e circuitos) em divulgação, como se estivessem a ser apresentadas não a putativos viajantes e sim a operadores turísticos concorrentes. Apelo à reserva quanto antes, que os lugares se esgotam rapidamente, diziam repetidamente. De vez em quando, interrupção para sorteio de viagens ou estadias de oferta em colaboração com organizadores turísticos. Perto do fim da primeira parte da sessão, a apresentação do animador convidado, este ano a Tuna da Universidade Católica do Porto, composta por cerca de duas dezenas de jovens, estranhamente todos do sexo masculino, vestidos com capa e batina e, surpresa, todos de camisa com cabeção, aquele tipo de colarinho antigamente usado por todos os eclesiásticos. E aí estão eles, a cantar e a exibir, alguns deles, os respectivos dotes de malabarismo com pandeiretas ou bandeiras. Música popular, cantada a plenos pulmões. E seguiu-se o intervalo, em que tudo valeu para chegar a tempo aos mictórios! Pudera, se predominava a terceira idade...
A seguir ao intervalo, mais do mesmo. Mais alguns "produtos", mais uns poucos sorteios, apresentação do "staff" da "Pinto Lopes Viagens" e ala que já é tarde.
E agora, a observação que se impõe relativa à eventual surdez dos portugueses. Durante toda a sessão, tanto as diversas composições musicais escolhidas para acompanhar as imagens projectadas, como as interpretações da Tuna convidada, foram ouvidas sob um elevadíssimo volume sonoro, debitado pelo equipamento acústico da sala de espectáculos. Tão elevado era o volume que alguns, poucos, espectadores, se sentiram justificadamente incomodados. Mas a maioria escutou tudo, impávida e serenamente. Como não foi a primeira vez que tivemos a oportunidade de constatar tal facto, receamos que a acuidade auditiva média dos portugueses esteja efectivamente diminuída. Por aceitarem ser repetidamente submetidos a este tipo de traumatismos sonoros? Esta a questão a esclarecer.
2 comentários:
ha gente que nao tem mesmo nada que fazer, nao sabem a qualidade da agencia e poe a dizer mal de tudo.
1-PODIAS SER NORMAL PELO MENOS UMA VEZ NA TUA VIDA VAZIA E INSIGNIFICANTE!
2- TALVEZ CONHECER MELHOR A REALIDADE DE UMA EMPRESA QUE TENTA TRAZER UM POUCO DE COR AO AMBIENTE CINZENTO DESTE PAÍS FOSSE UM PASSATEMPO INTERESSANTE PARA ALGUÉM QUE DEVE TER UMA VIDA CHEIA DE NADA E COISA NENHUMA!
DESCULPA SER TÃO DIRECTO E SINCERO MAS MERECES CONTINUAR A VIAJAR DE CARROÇA E DE PREFERÊNCIA COM OS ARREIOS
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