quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"Queiroz é um Alcorcón"

Opinião de Ferreira Fernandes, no jornal "Diário de Notícias" de hoje, aqui.

A Guerra do Tornozelo, afinal, não aconteceu. Ganhámos em toda a linha. O nosso comandante Queiroz exigiu a presença do refém Ronaldo na capital do Império e os castelhanos foram obrigados a libertá-lo. Carlos Queiroz é, se me permito dizê-lo, um autêntico Alcorcón - são dois tomba-gigantes. Ambos, ontem, derrotaram o mais poderoso dos clubes mundiais. Alcorcón é uma espécie de Massamá de Madrid - 160 mil habitantes e um clube na terceira divisão espanhola. Há dias, enfiou 4-0 ao Real Madrid, já este andava órfão do nosso Cristiano Ronaldo. Ontem, o Alcorcón foi ao estádio de Bernabéu, e houve 79 500 pessoas (tanto como metade dos cidadãos de Alcorcón) a ver o Real Madrid conseguir um insuficiente (para os madrilenos, mas não para a restante Humanidade) 1-0. A bandeira da cidade de Alcorcón, que é vermelha e verde, com um escudo amarelo ao meio (faz lembrar outra), foi ontem muito festejada. Por cá, depois de termos humilhado os castelhanos, devolvemos o refém à procedência. Ser generoso é apanágio dos grandes. Alcorcón está geminada com Mayarí (Cuba), Nejapa (El Salvador) e Ancón (Peru), e agora também com Carlos Queiroz. Este já eliminou o Real Madrid, agora só falta a Bósnia.

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