De repente, de forma inesperada, houve que recordar o passado. O passado de há mais de 40 anos. A penosa expedição a um dos territórios da África portuguesa, Moçambique, durante a guerra colonial.
A convocatória chegou pelo correio. Pretendia-se que tentasse recordar algo a propósito de outro ex-militar que teria estado na mesma Unidade e que agora procura, talvez, poder vir a usufruir do denominado complemento especial de pensão ou acréscimo vitalício de pensão. Pura ilusão, diga-se.
Entrar na antiga Unidade que me acolheu temporariamente, após o Curso de Oficiais, em Mafra, e o Curso de Operações Especiais, em Lamego, foi mesmo regressar ao passado. O antigo R.I. 6, do Porto, parece estar na mesma. Mudaram as pessoas, mantêm-se os formalismos e as rotinas.
Impossível foi corroborar o incorroborável. Ninguém, na Unidade que integrei no ex-Ultramar, andou em operações militares pelo Malawi ou por Vila Pery. Como é possível ser-se indicado como testemunha de algo que nunca aconteceu?
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