Já não é como era. Os antigos "restaurantes da Lota", aqueles que encontrávamos mesmo à entrada da ponte velha sobre o Arade, restaurantes de mesas e bancos corridos, a cargo dos pescadores que as apanhavam, serviam as sardinhas assadas ao ar livre, à vista do cliente, vindos dos próprios caixotes que as transportavam desde as traineiras. O serviço muito simples, os talheres, os copos e os acompanhamentos eram distribuídos pelos próprios comensais, o vinho servido em jarros ou cangirões.
Agora, os restaurantes situam-se num local "formatado" pela municipalidade. As instalações dos restaurantes são idênticas umas às outras. A confecção dos alimentos é realizada no interior do estabelecimento, ou nas suas traseiras. As mesas e as cadeiras são em higiénico alumínio, os talheres vêm fechados em sacos de papel, o pão é entregue envolvido em película de plástico aderente. Garrafas com o vinho. Tudo muito "asaezado", portanto. E bastante mais caro do que foi em tempos passados.
Felizmente, a qualidade das sardinhas, e a "mão" sábia que as assa, são idênticas. As sardinhadas de Portimão continuam a ser (d)as melhores que se podem degustar no nosso país.
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