Composição 2, Piet Mondrian, 1922, The Solomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque
Com o neoplasticismo, Mondrian afirma querer atingir uma arte de «relações puras», ou seja, como ele próprio explica, uma pintura que exprima apenas as relações formais que o naturalismo durante séculos «ocultou» sob os objectos. De facto, entre 1920 e 1940, os seus quadros reduzem-se aos elementos fundamentais da percepção visual: a linha vertical, a linha horizontal, as cores primárias - vermelho, amarelo, azul - inseridas em zonas rectangulares ou quadradas, mais o branco e o preto, respectivamente como fundo da tela e como corpo das linhas. Essas presenças simples evocam as coordenadas basilares da experiência humana - o plano horizontal do solo (ou do eixo formado pelo olhar), a linha vertical da posição erecta - que, por seu turno, estão cheias de conotações simbólicas, como revelam as infinitas referências da construção «alto/baixo» numa perspectiva moral, religiosa, lógica, etc.
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)
(Adaptado de "Guia de História da Arte", Editorial Presença, 5.ª edição, 2002)
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