sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

O Presidente da República, na opinião de Francisco Assis

Do artigo de opinião do eurodeputado do Partido Socialista Francisco Assis, intitulado "António Costa, príncipe da ambiguidade esclarecida", publicado ontem no jornal "Público", os seguintes excertos, com a merecida vénia:

«"Isto está cheio de gente
falando ao mesmo tempo
e alguma coisa está fora de isto falando de isto
e tudo é sabido em qualquer lugar"
(Manuel António Pina)

.../... Olhando para o país de hoje, observando as coisas visíveis e percebendo tudo o que é do domínio do invisível, sentimos um certo socorro nas palavras poéticas de Manuel António Pina. Na verdade toda a gente fala; fala-se mesmo porventura demais na vida política portuguesa. O Presidente da República parece dar o mote: entre abraços e beijos, generosamente despendidos numa cerimónia de celebração da ginjinha, no Barreiro, até a um fúnebre comunicado relativo à morte de George Michael, o Professor Marcelo vive num estado de permanente logorreia. O Presidente é simpático, indesmentivelmente inteligente, nas horas de recolhimento deve rir-se que nem um perdido das circunstâncias que lhe são dadas viver. É quase impossível não gostar dele, mesmo quando consideramos detestável essa sobreexposição pública que não favorece a instituição Presidência da República. Chegará o dia em que ele próprio perceberá a suprema importância que o silêncio também tem na política.».../...

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